Especialista
A popularização (da IA) é intencional.
Caio Vassão, professor, pesquisador de sistemas complexos / novas tecnologias
A Inteligência Artificial já faz parte do cotidiano de muitos brasileiros e brasileiras, embora poucos conheçam seus usos e impactos.
Este estudo investiga como os brasileiros e as brasileiras utilizam a IA, suas percepções e sentimentos em relação a essa tecnologia, e as possíveis mudanças que ela pode gerar no futuro.
O objetivo é identificar oportunidades, desafios e os impactos que a IA pode ter na sociedade brasileira.
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(inclusive sobre a Talk)
Cientista-chefe da Digital Strategy Company, professor extraordinário da Cesar school.
Professor emérito da UFPE (centro de informática – cin), fundador e presidente do conselho de administração do Porto Digital e membro dos conselhos da Magalu, MRV, Ci&t e Capes.
Professor e criador do conceito de Metadesign. É arquiteto, urbanista, educador, pesquisador e consultor.
Graduado e doutor pela FAUUSP, pesquisa e atua nas complexas relações entre cidades, alta tecnologia, desafios sócio-ambientais e processos colaborativos há mais de 25 anos
Jornalista, escritora e roteirista de TV desde os anos 1980. Mantém seu blog Querido Leitor desde 1999.
Atualmente é redatora criativa da Rádio Globo FM e desenvolvedora de formatos para a premiada produtora Floresta.
Especialista em Novas Tecnologias e Direitos Humanos do IPPDH do MERCOSUL e Consultor em Inteligência Artificial do Escritório da UNESCO para a América Latina e Caribe.
Pesquisador do IEA-USP.
Com 94% da população conhecendo ou já tendo ouvido falar de IA...
nunca ouviram falar
ou não conhecem
conhecem ou
já ouviram
falar de IA
observamos que o conhecimento ainda é básico para muitos.
tem muito
conhecimento sobre IA
tem algum
conhecimento sobre IA
só ouviram falar
superficialmente de IA
Apesar disso, 63% das pessoas utilizam alguma tecnologia de IA, seja na vida pessoal ou profissional.
das pessoas usam alguma tecnologia de IA
usam na vida profissional
usam na vida profissional e pessoal
usam na vida pessoal
Existe um gap informacional, mais pessoas utilizam IA do que aquelas que têm muito ou algum conhecimento sobre
das pessoas usam alguma tecnologia de ia
tem muito ou algum conhecimento
Especialista
Caio Vassão, professor, pesquisador de sistemas complexos / novas tecnologias
Especialista
Dora Kauffman, professora da PUC/SP
O aprendizado é recente e majoritariamente autodidata, refletindo desigualdades sociais no uso e acesso a essas tecnologias.
começaram a utilizar IA há menos de 1 ano
começaram a utilizar IA há menos de 1 ano
muito frequentemente
ocasionalmente
raramente
A IA já está ao nosso redor, mesmo que muitos não percebam.
Quanto mais entendermos seu funcionamento, mais poderemos aproveitar as oportunidades que ela oferece.
Estamos prontos e prontas para esse próximo passo?
50% das pessoas usam chatbots como uma nova forma de buscar informações, essa tendência reflete a adaptação da tecnologia às preferências culturais do país.
Na observação em campo, foi constatado que, entre as pessoas que utilizam chatbots, nem todos se referem ao ChatGPT da OpenAI. Aqui estão as top 3 ferramentas de assistentes virtuais.
é mais específico
é mais analítico
entrega mais 'pronto'
tem continuidade
Especialista
Rosana Hermann
Especialista
Sivio Meira
O uso intensivo do chat, que se alinha naturalmente com a cultura comunicativa do Brasil, não quer dizer que as pessoas estão sabendo usar a ferramenta da melhor forma.
Especialistas entrevistados alertam que as pessoas não sabem que a informação do chatGPT não é super atualizada e não é necessariamente correta. 'Ele erra', conforme nos disseram Silvio Meira e Rosana Hermann.
É papel das instituições (empresas, escolas e meios de comunicação) ensinarem o que é essa tecnologia (LLM).
Desde assistentes virtuais que facilitam tarefas diárias, até inovações na saúde e na educação, a IA está promovendo mudanças significativas.
Quer saber quais sao os mais diversos usos de IA?
Jovem pede para o chat resumir os 3 primeiros filmes de uma série antes de assistir a sequência
Mulher usou para calcular compras para o aniversário da filha
Advogado usa para elaborar cláusula para contrato
Pai consulta informações sobre saúde, especialmente para sua filha
Pessoa não binária usa após terapia para checar e aprofundar o diagnóstico dado pela psicóloga
Mulher jovem usa para a criação de conteúdo no Instagram de sua mãe
Homem usa para aprender inglês, como tutor
Mulher pede que assistente pessoal a ajude a organizar seu dia e tarefas
Pessoas usam para montar roteiro de viagem
Gerente de clínica usa para administrar agendamentos de consultas
Gamer cria rotinas de treino em FIFA
Mulher jovem cria personagens para jogos de RPG
Policial militar usa no trabalho para tipificar crimes ao produzir boletins de occorrência
Profissional usa para gerar insights a partir de dados na ferramenta da empresa
Homem usa como personal trainer
Homem usa como “amigo virtual”
Pessoa pede para IA contar um final alternativo para o filme do Shrek
Mulher usa para produzir textos e buscar referências de artigos científicos
Especialista
Rosana Hermann
A inteligência artificial está remodelando diversas áreas do cotidiano, trazendo tanto conveniência quanto inovação.
O desafio agora é garantir que esses avanços sejam acessíveis a todos e todas, promovendo uma transformação positiva sem deixar de lado as questões éticas e sociais.
Esse acesso facilitado faz com que mais da metade acredite que há potenciais impactos na produtividade e na forma como nos relacionamos ao trabalho, como por exemplo, a preguiça de pensar por si mesmo.
Especialista
Silvio Meira
Por outro lado, abre novas possibilidades para expressão criativa e inovação, além de reduzir barreiras de entrada em áreas como design, programação e produção de conteúdo.
Especialista
Rosana Hermann
A democratização da criação proporcionada pela IA abre novas oportunidades para criatividade e inovação.
Até 2026, a maioria do conteúdo online poderá ser gerado por IA, o que traz desafios importantes.
Saberemos diferenciar o conteúdo produzido por humanos ou por máquinas?
Quem evoluirá profissionalmente com o uso de IA e quem ficará para trás? Essas são apenas algumas das perguntas que surgem, reforçando a necessidade urgente de desenhar cenários propositivos para o futuro.
...o que influencia a forma como as pessoas se comunicam e se conectam com a tecnologia.
Essa humanização das IAs pode criar laços emocionais, mas também levanta questões sobre a autenticidade dessas interações e os limites entre o humano e o artificial.
(Homem, Curitiba)
Você acha que as pessoas deveriam ter direito de se casar com uma Inteligência Artificial?
acho que sim
¯\_(ツ)_/¯
acho que não
das pessoas não se opõem ao casamento com uma IA
Interagir com IA está se tornando cada vez mais real, e precisamos nos preparar para uma sociedade que, embora conectada, pode se tornar solitária.
Em 2023, a solidão foi reconhecida como uma preocupação pela OMS.
Sherry Turkle, estudiosa de intimidades artificiais, já alertava sobre isso em seu livro 'Alone Together', que hoje é mais relevante do que nunca.
Até a OpenAI reconhece o crescente apego emocional das pessoas ao chatbot, especialmente com a adição da função de voz.
Isso reforça a necessidade de nos prepararmos para uma sociedade que pode depender emocionalmente da tecnologia.
Mesmo com esses receios, a maioria ainda enxerga o potencial da IA de forma positiva, porem o cenário é de otimismo cauteloso, onde as pessoas enxergam o potencial da IA, mas também estão atentas aos desafios.
motivação
esperança
entusiasmo
fascínio
preocupação
ansiedade
confusão
medo
O nível de conhecimento sobre IA impacta no sentimento das pessoas
A ameaça do deepfake e a disseminação de fake news lideram as preocupações com a IA, refletindo o medo crescente de que a tecnologia possa distorcer a realidade e invadir nossa privacidade.
Por outro lado, a IA também é vista como uma aliada poderosa, especialmente na revolução da saúde e na conquista de mais tempo livre... promessas que capturam a imaginação de todos.
Apesar das preocupações legítimas com a IA, o otimismo prevalece, indicando uma aceitação crescente da tecnologia.
Para manter esse equilíbrio positivo, é necessário um diálogo contínuo sobre os riscos e a implementação de regulações que protejam os indivíduos e a sociedade.
As narrativas atuais da IA estão baseadas ou numa lógica de tecnologia/mercado ou nas histórias narradas pela ficção.
Qual o papel das narrativas na elaboração do que se pensa sobre IA?
E se criássemos narrativas propositivas (não ingênuas), para inspirar um futuro onde a simbiose humano/máquina possa ser positiva?
As organizações e iniciativas ao redor do mundo já estão tomando medidas para moldar o futuro da IA de maneiras que beneficiem a humanidade.
A Mozilla Foundation, por exemplo, trabalha incansavelmente para garantir que a IA seja ética e inclusiva.
A Fundação Mozilla está comprometida com mudar a narrativa dominante sobre a inteligência artificial (IA). O objetivo é construir e reforçar uma história compartilhada sobre o que é a IA, como funciona e como deve ser gerenciada.
A regulamentação é complexa e envolve segmentos tão diversos quanto o trabalho, a saúde, o direito, e tantos outros.
Como criar princípios que ajudem a regular a IA sem barrar a inovação?
Unir forças setoriais, de especialistas, pensadores, pesquisadores, legisladores, para começar a preparar o terreno para o que virá pela frente.
O movimento Safety by Design enfatiza a necessidade de incorporar princípios de segurança desde o início do desenvolvimento de novas tecnologias.
Esses exemplos demonstram como é possível construir um futuro onde a IA e os humanos coexistam de forma harmônica e segura.
Thorn e All Tech Is Human estabelecem princípios de IA generativa com líderes de IA para promover fortes compromissos de segurança infantil.
Especialista
Atahualpa Fidel, pesquisador da USP sobre tecnologia e trabalho
A simbiose entre máquinas e humanos já está acontecendo.
Para garantir que essa integração traga benefícios duradouros e inclusivos, é essencial que se promova tanto narrativas positivas quanto regulamentações robustas.
Somente com uma abordagem consciente e colaborativa, que combine inovação com responsabilidade, poderemos assegurar que essa união entre humanos e máquinas seja uma força para o bem.
19 anos, Curitiba
No futuro vou poder criar minha gêmea, assistente, uma versão de mim que resolve coisas
É meu colega de trabalho
É a minha memória
Homem, 70 anos, São Paulo
Depois de aceitar a sugestão de virar corretor, este senhor já vendeu dois apartamentos.
Historiador
Yuval Harari
À medida que concluímos esta jornada pelo mundo da IA, fica claro que estamos à beira de uma transformação profunda e irrevogável. A tecnologia, que antes parecia algo distante e controlável, agora é uma extensão de nossa existência, influenciando desde o cotidiano até as mais profundas questões sobre o que significa ser humano.
As histórias que ouvimos, as narrativas que criamos e as regulamentações que estabelecemos são todos elementos de um mosaico maior que definirá o futuro da nossa sociedade.